Meus amigos no dia 01 de março declarei o meu amor por essa cidade linda que aprendi a amar, agora no dia do seu aniversário fiz um cordel para contar a sua história. Espero que gostem pois facilita o conhecimento sobre os fatos marcantes e as datas importantes desse município encravado no topo da Serra das Russas ou Ruças, na chapada da Borborema e dos nossos ancestrais os Tapuias da Serra, os Carapotós….
GRAVATÁ 500 ANOS DE HISTÓRIA
Desde muito tempo atrás
Nesta terra habitava
Tribo de índio feroz e voraz
Que até de gente se alimentava
Por toda essa terra andava
E Tapuia da Serra se chamava
Indios Carapotós também aqui morava
E a bromélia eles chamavam de Crauatá
Que significava planta que furava
E que depois derivou para caroatá
Em seguida para carautá
E que por fim terminou em Gravatá
Em 1583, o jesuíta Fernão Cardin
Historiador tudo daqui registrava
O começo, meio e fim t
Dessa tribo que aqui habitava
Enfrentando calor, fraqueza e fome
Durante a seca que tudo matava
Toda essa terra do agreste
A Duarte Coelho pertencia
Era dono de todo Nordeste
E fez crescer a sua capitania
Mandou gente de leste a oeste
Para essa serra muita gente subia
Com coragem o branco chegou
Ocupou o cume do planalto agrestino
A mistura de branco negro e índio começou
Dando origem ao bravo nordestino
Que com bravura a terra agreste habitou
Enfrentou bicho, falta d´água e sol a pino
Aos poucos grandes áreas desmatou
Formou mais um povoado nordestino
Que mais tarde Gravatá se chamou
Cravada no topo da serra
A cidade pelo vale se derramou
André Vidal de Negreiros então governador
Ao sobrinho Antonio Curado Vidal
Uma parte dessas terras a ele doou
Como não servia para mais um canavial
Muito gado nela soltou
Construindo cocheira, baia e curral
Em 1683, o Rei Dom João VI
Doou outra parte da região
Para Antonio da Cunha e Manoel Azevedo
Que expulsaram francês, holandês e alemão
E ocuparam essa terra com muita garra
Muita vontade e muita emoção
Em 1691, o governador Marquês de Montebelo
Doou mais terras dessa parte do nordeste
Passando a ter dono a serra da borborema
O monte mais belo do planalto agreste
Agora tinha homem de raça e coragem
Chamado por todos de cabra da peste
Em 1701, para encerrar a doação
Dom Fernando Mascarenhas então governador
Doou ao tenente Teodoro Leitão
O que dessa terra sobrou
Limitando com Vitória de Santo Antão
O agreste enfim se habitou
Nos fins do século XVIII
Na passagem do Crauatá
Nascia no ano de 1808
A Fazenda Gravatá
Entre a Casa Nova e a Serra da Água Fria
Com muito boi para engordar
Foi José Justino Carrero de Miranda
Que fundou a Fazenda Gravatá
Trazendo boi, cavalo e gente
Pra nessa terra morar
Trouxe mulher guerreira e homem corajoso
Para uma nova cidade fundar
Água, vida e fartura
Mesmo seca essa terra sempre deu
Amenizando a vida dura
Do povo que aqui se estabeleceu
E administrou com mão dura
A Terra, o gado e tudo que era seu
Em 1810 começou a construção
Da capela de Sant´Ana padroeira do lugar
Por conselho do padre de Santo Antão
Reconhecimento na cúria foi buscar
E em 1817, veio o padre Gusmão
O documento da Capelania entregar
Em 1819, aqui chegou o médico–cirurgião
Chamado Veríssimo Santos Siqueira
Vindo de Vitória de Santo Antão
Subindo de cavalo a comprida ladeira
Para tratar doente do pé até o coração
Salvando muita gente brejeira
Ainda nesse mesmo ano
A capelania ganha juiz e escrivão
Dr. João Carlos Martins
E Luiz Martins que era sei irmão
Autoridade para o povo da vila
A quem dava respeito e atenção
Em 1820, a Fazenda Gravatá
Hospedou seu primeiro turista
Marechal Salazar Moscoso
Que caçava os “sebastianistas”
E o seu chefe chamado Quiou
Que fugiu sem deixar nenhuma pista
Nesse ano, na varanda da sua fazenda
Justino Carreiro dá adeus a essa vida
Sem ver a construção da igreja terminada
Sem ver a sua capela ser erguida
Nem sequer uma missa ser rezada
Encerrando assim nessa terra a sua lida
Em 26 de julho de 1822
A igreja foi finalmente construída
O sonho de Justino Carrero se realiza
A obra da capela é concluída
Pelo filho e herdeiro de Justino
Que homenageou a sua despedida
Em 1825, outro visitante ilustre chegou
O delegado de Dom Pedro II, o imperador
Capitão de cavalaria Domingos Galindo
Que na Fazenda Gravatá se hospedou
Estava de passagem, caçando os rebeldes
Da Confederação do Equador
No dia 02 de fevereiro, em 1829
a vila ganha seu juiz verdadeiro
João Félix Carreiro de Miranda
Filho de Justino o bom vaqueiro
Fundador da Fazenda Crauatá
E assim foi de fato o primeiro
Em 1835, Francisco de Paula
Presidente da Província de Santo Antão
Ordena o alargamento da estrada do crauatá
Que passa por Bezerros e vai para o Sertão
Melhorando a vida daquela gente
Sofrida moradora daquele grotão
No dia 1º de julho de 1850
A Lei 264 diz O tamanho do povoado
Mostra os limites dos vizinhos
Fica com 497 Km quadrado
Pega área seca e área molhada
Tudo no livro registrado
Em 1850, João Félix Carrero
Divide em glebas a Fazenda Crauatá
Vendeu Cabeça de Boi e Riacho de Mel
Depois o Jucá e também o Caruá
Nesse ano João Felix também morreu
Depois de criar o primeiro loteamento de Gravatá
Em 1856, muita gente morreu
De coléra um vírus amaldiçoado
Pouca gente sobreviveu
O Povoado foi isolado
A vila empobreceu
Na Pedra Branca foi recomeçado
Depois do vírus controlado
O povo voltou pra vila Crauatá
Em 1857, a vila virou Freguesia
Estava crescendo a Fazenda Gravatá
Já tinha, delegado, matriz e juiz
Assim, nascia a cidade de Gravatá
Arruados começavam a aparecer
Rua do Comércio, da Matança e do Jucá
7 de setembro, Padre Cavalcanti e Elias Torre
Amaury de Medeiros, Cleto Campelo e Caruá
E em 1857 para alegria dos gravataenses
É inaugurada a primeira escola de Gravatá
Ainda em 1857, no sítio Penon
Aconteceu o primeiro casamento
Manuel Tomaz com Francisca Lisboa
Sendo este um grande momento
Da nova freguesia de Gravatá
Que continuava em franco crescimento
Nessa data aconteceu o primeiro batizado
De José, filho de Firmino e Maria da Conceição
Batizou-se também a filha dos escravos
Feliciano e Amerina na mesma ocasião
Tudo registrado pelo padre
E acompanhado pela população
No ano de 1860
A freguesia ganha seu primeiro delegado
Vidal Pereira de Melo
Um agente postal também foi mandado
Antonio de Lemos Vasconcelos
Que instalou o correio no povoado
Em 1869, no dia 1º de abril
Gravatá recebe mais um turista
O arcipreste Lima, delegado episcopal
Que a Matriz de Santana faz sua visita
Depois reza missa no povoado
E de tudo que viu fez uma lista
Em 1870, a Imagem de uma santa
Foi colocada na ponte da freguesia
Era de N. S do Perpétuo Socorro
Que assim de tudo protegia
A população e todos os visitantes
Que faziam aquela travessia
Em 1880, foi finalmente concluída
A estrada Gravatá – Santo Antão
Facilitando a caminhada
Pra quem andava de caminhão
Era a tão sonhada estrada
E tão esperada pela população
Em 1882, aqui também chegou
Dom José, o bispo Diocesano
Que veio homenagear a Matriz
Que completava cinco anos
Do fim da sua construção
E muitas missas foi rezano
Para marcar sua presença
Na ainda chamada freguesia
Alforria um escravo de nome João
Causando uma grande alegria
Em todos os escravos
Que queriam liberdade todo dia
Em 1881, chegou um dia muito esperado
Passa a ser vila a freguesia de Crauatá
Deixa de vez de ser arruado e povoado
É a certidão de nascimento de Gravatá
O povo fica feliz e encantado
Pois agora mora na Vila de Gravatá
Depois da cólera
A Bexiga e a varíola invadiu a região
E muita gente morreu
Mais um médico de Santo – Antão
Atendeu de graça e muita gente sobreviveu
Com quina, óleo de rícino, arnica e limão
No dia 9 de janeiro de 1883
A vila foi oficialmente instalada
Foi logo depois da Festa de Reis
A maior festa e a mais esperada
Pelo pároco João Serapião
Que fez questão da primeira missa ser rezada
Em 1884 chega a eleição
A vila ganha seu primeiro eleitor
Antônio Luiz de Oliveira
Para eleger prefeito e vereador
Vicente Ribeiro foi o último
do ano que findou
Ainda em 1884
O sonho vira realidade
A passagem do Crauatá
Finalmente vira cidade
Depois de ter sido vila e freguesia
Agora é cidade de verdade
Em 1885 o juiz Joaquim Guines
Três distritos criou
Chã Grande Uruçu Mirim e Gravatá
E Russinhas em povoador transformou
Assim Gravatá ia se desenvolvendo
E até telefone inaugurou
O primeiro telefone foi instalado
Em 1885, no dia 31 de janeiro
Ampliando a comunicação local
E agora a terra do vaqueiro
Podia falar até com a capital
Por conta de Justino Carrero
Por essa época
Uma grande obra aparecia
Cortando mato e derrubando barreira
Era a grande ferrovia
Trazendo o trem do Recife
E seu apito já se ouvia
Em 2 de dezembro de 1886
A estação Cascavel era inaugurada
Cravada no distrito de Russinhas
A de Gravatá também foi levantada
Só que dois anos depois
Para deixar as duas interligadas
Em 1889, chega de Pesqueira
Um grande bem feitor
Joaquim Didier
Um grande empreendedor
Que construiu um grande cortume
E virou até exportador
Em fevereiro de 1893
Gravatá nomeia o primeiro prefeito
José Gomes Cabral
Homem honrado e direito
Que virou chefe político local
Ganhando apoio e respeito
Três meses depois em maio
Didier inaugura o curtume São José
O couro passa a ser o ouro de Gravatá
Dando emprego a homem e a mulher
Fazendo a cidade crescer
Junto com o café
Depois da chegada da ferrovia
O povo de Recife descobre Gravatá
Cresce a vida social e a economia
Muita gente vem pra cá morar
E o turismo nesse ano de 1893
Começa a se descortinar
Na chegada do trem
A estação sempre enchia
O povo queria ver quem chegava
E também quem partia
A estação de Gravatá era uma festa
De gente, comércio e alegria
No dia 15 de novembro de 1893
O prefeito José gomes declara fundada
A Banda 15 de Novembro
Para uma população emocionada
Com Manoel Bombardino dirigindo
Até hoje é homenageada
Em 1896 uma ponte foi inaugurada
Por Joaquim Didier o grande bem feitor
Ligando a Serra das Éguas ao seu curtume
Facilitando a vida do agricultor
Que trazia os bois para o matadouro
E depois o couro para o curtidor
Em fevereiro de 1898
Uma pousada se instala em Gravatá
E recebe um hóspede muito famoso
Padre Cícero Romão que veio passear
Assim começou a história
Da Pousada do Jucá
Em setembro de 1898
Foi realizada a primeira eleição
Ganhou Avelino do Rêgo Barros
Numa disputa cheia de emoção
Com 96 foi respaldado
E vitorioso pelo povo foi carregado
No dia 1º de janeiro de 1900
Uma cruz de madeira grande e pesada
Foi feita em Gravatá
Nos ombros dos fiéis foi carregada
E lá no alto do morro do Jucá
E com a Banda 15 de novembro foi inaugurada
Em 1903, o agricultor José Ferreira
Doa um terreno no morro do cruzeiro
Bem no topo da ladeira
Para ser construído o novo cemitério
Acabando assim o primeiro
Na Fazenda de Justino Carreiro
Em 1905, a cidade ganha o primeiro jornal
Correio de Gravatá que assim foi batizado
Da imprensa impressa foi o marco inicial
Outros depois foram publicados
Hoje tem o Rota 232
Que desde 2003 tudo tem registrado
Em 1905 chegaram os crentes Batistas
João Sena era o líder da nova religião
Os católicos não gostaram
Começou uma grande perseguição
Xingavam, jogavam pedras e brigavam
Pelo domínio religioso da região
O padre era o chefe
Do movimento de expulsão
Queria excomungar
Quem se batizasse na nova religião
Chamava de bode protestante
Os membros da nova denominação
Em 1910 Ricardo de Castro Vilella
Que da igreja católica era coadjutor
Junto com Caetano Varela
Em Gravatá um teatro fundou
Tornando a cultura mais bela
E muita arte nesse teatro encenou
Ainda no ano de 1910
Gravatá ganha seu educandário
Fundado pelas irmãs Dorotéias
Com apoio do prefeito e do vigário
Na rua do cruzeiro hoje rua sete
Para um ensinamento diário
O cometa Halley por aqui apareceu
Nessa região fez sua aparição
Embora mal visto e esfumaçado
Circulou do cais ao sertão
Em seguida desapareceu
E outro não se viu mais não
Continuando no ano de 1910
Outra ponte Gravatá ganhou
Na passagem molhada do Crauatá
E Ponte do Comércio logo se chamou
De madeira foi construída
E muito tempo durou
Em 1911, tem eleição para presidente
Dantas Barreto larga na oposição
Contra o grupo de Rosa e Silva
Que representava a situação
O poeta anti-rosista Anísio Ribeiro
Chora depois de perder a eleição
No dia 30 de novembro de 1914
No trem vem um preso especial
Antonio Silvino cangaceiro de Lampião
Preso por Theophanes soldado sem igual
Que lutava contra os cangaceiros
Do sertão até o litoral
Em 1916 Joaquim Didier
Diz que é uma ideia infeliz
A proposta do cardeal Sebastião Leme
De construir outra igreja no lugar da matriz
Mas o projeto já estava pronto
E a nova igreja se fez como o cardeal quis
Em 1918 a matriz começa a ser derrubada
A nova igreja naquele lugar seria erigida
Provocando um grande desgosto
Em Didier que queria a igreja já construída
Mas mesmo sem prefeito não teve forças
Para ver aquela derrubada impedida
Em 1919 Didier renuncia ao cargo de prefeito
Manda uma carta ao governador
Comunicando que ia morar na Bahia
Gravatá perdia seu bem feitor
Que deu vida, riqueza e amor
A um povo que muito lhe desgostou
No dia 15 de novembro de 1922
Ganha a eleição para prefeito de Gravatá
Rodolpho de Moraes primo de Didier
E logo traz energia para o lugar
Luz nas casas vão acender
E a vida do povo vai melhorar
O prefeito Rodolpho de Moraes
Se preocupava com a destruição ambiental
500 árvores mandou plantar
Nas ruas laterais e também na rua central
Para o clima de montanha conservar
E evitar esse calor infernal
Em setembro de 1924
Pelas ruas circula o primeiro carro
Dirigido pelo padre Antonio Machado
Por tudo que era rua de pedra ou barro
E pra onde ia era gente pra todo lado
Querendo ver e andar no seu carro
Em 16 de janeiro de 1925
Gravatá ganha seu primeiro Grupo Escolar
Com o nome de Paz e Trabalho foi batizado
Depois Cleto Campelo iria se chamar
Na rua Nova foi edificado
Para melhor educar
Em 1926, auge da revolta “Tenentista”
Gravatá acompanha a morte do ativista
Tenente Cleto Campelo
Que sem levar muita sorte
Levou foi um tiro certeiro
Nascendo um defunto no lugar do forte
Nessa década chega um cinema
E 15 de novembro vai se chamar
Com sessões sempre lotadas
Depois de cine Holanda vai se batizar
Lugar bom para arrumar namorada
Fazer hora, conversar e passear
Também chega a Gravatá
Uma bonita pensão
A pousada Hildebrando
Pertinho da estação
Que até hoje vai funcionando
Atendendo aos turistas de toda região
Em 1926 Gravatá ganha mais um jornal
Que se chama de Avenida Jornal
Depois surge a Gazeta de Gravatá
Que combate a oligarquia local
Sendo muito combatido
Por ser a trincheira do pensamento liberal
Os pequenos clubes São Luiz e Oeste
Se unem para formar uma grande agremiação
Nasce o Clube Desportivo Gravataense
Para alegrar a maioria da população
Com carnaval, forró e futebol
Se torna destaque em toda região
Em 1929
Depois da Primeira Igreja Batista
Se instala em Gravatá
O primeiro centro espírita
Chamado Enviado de Jesus
E começa a receber visitas
Na década de 30
Gravatá passa a ser conhecida
Como curadora de problemas de respiração
Dando a muita gente esperança de vida
Acabando a tuberculose
E não deixando ter recaída
A partir dai Gravatá vira turística
E muita gente fica recebendo
Que vinha se tratar
E por aqui ficava vivendo
Comprava casa e se casava
E a população ia crescendo
Avelino do Rêgo Barros
Perde a aleição de prefeito
Para Arão Lins de Andrade
Que vence fácil o pleito
E passa a controlar a cidade
Na raça e no peito
Em 2 de setembro de 1931
Se instala em Gravatá perto da Estação
A primeira loja Maçônica
Trazida por gente de Santo Antão
Mas não teve futuro nenhum
E deu adeus a essa região
Em 1923 acaba matança de boi na rua
Gravatá ganha seu primeiro matadouro
Próximo do curtume São José
Acabando a fedentina e o cheiro de couro
A rua central ficou mais limpa
Sem cheiro de bosta ou de mijo de touro
Em 1934 Gravatá ganha um bom presente
Que deixou a população muito contente
Foi a rede de água encanada
Que vinha da Serra do Contente
Da barragem de Brejo velho era mandada
Para trazer alegria para toda gente
Em 4 de maio de 1934
Gravatá passa a ter um coletor estadual
É Osiris Caldas poeta e escritor
Que por aqui criou um belo grupo teatral
Grupo Dramático de Teatro assim se chamou
Para encenar peças falando do bem e do mal
Em junho de 34 chega a Gravatá
Um grande professor
Rosalino da Costa Lima
Que era também escritor e pastor
Veio para a Igreja Batista
Mas a todos agradou
Em 1935 chega em Gravatá
intentona comunista uma breve revolução
Benevides, Moacir e Antonio Farias
Foram parar na prisão
Por dar apoio ao movimento
Que não teve grande repercussão
No ano de 1937
Gravatá se enche de alegria
É criado por Alcides Melo
O bloco Mocidade em Folia
Que desfila até hoje pelas ruas
Com muito frevo e muita fantasia
Em 1938 é fundada
A cooperativa agropecuária de Gravatá
De agricultor, comerciante e pecuarista
Para dinheiro emprestar
E se comprar a prazo ou a vista
E também dinheiro se guardar
Em 1939, chega a Igreja Presbiteriana
Mas não houve nem briga, nem perseguição
A religião enfim ganhou liberdade
Católico, crente e espírita vive em comunhão
Cada um com suas crenças
Cada qual com a sua denominação
Em maio de 1940
A outra igreja matriz foi concluída
A insensatez venceu a razão
A velha Matriz foi demolida
Caiu silenciosa, sem choro, sem emoção
E sem adeus na hora da despedida
O velho morro do Jucá hoje Alto do Cruzeiro Ganha um belo Cristo Redentor
Feito por Caetano Alves Varela
Um grande artista e exímio escultor
Que fez uma estátua bonita e singela
E que ele mesmo inaugurou
Em 4 de abril de 1944
Casa de Saúde Sant´ana é inaugurada
Devaldo Borges, Alheiros Dias e Paulo Pessoa
Formava a diretoria da clínica bem montada
Maternidade, posto e ambulatório
Para a população ser atendida e receitada
No final de 1949
Gravatá recebe o governador
Barbosa Lima Sobrinho
O primeiro que essa terra visitou
Recebendo atenção e carinho
Pelas obras que aqui implantou
Em 1955 foi assinado um contrato
Para trazer mais água para a população
A construção de uma adutora
Com grande elevação
Lá na Serra do Contente
Com barragem, passagem e encanação
Chegou também o asfalto
De Recife até Gravatá
Melhorando o deslocamento
De quem viajava pra lá e pra cá
Para escoar gado e alimento
E também para passear
1960 foi um ano ingrato e cruel
600 pés de árvores foram cortados
Derrubaram o prédio do curtume
Muitos hectares foram desmatados
Cortar árvore virou costume
E até hoje continua sendo praticado
Em 1963 Chã Grande vira cidade
Ganhando a sua emancipação
João Prudente de Santana
É nomeado prefeito sem disputar eleição
E para Chã Grande foi mandado
Por Arão chefe e líder político da região
Em 1965 a demolição continua
Derrubam o palanque da praça
Cortam os Ficus Benjamin
A cidade vai ficando sem graça
O verde vai chegando ao fim
A beleza vai virando carcaça
Mas o povo do mesmo jeito de hoje
Não faz nenhuma reclamação
Se satisfaz com tapinhas nas costas
Com sorriso e com aperto de mão
Uma cesta básica, um emprego
E aceita qualquer decisão
Na década de 60
Começa o boom imobiliário de Gravatá
O primeiro conjunto habitacional
A cidade vai ganhar
A Cohab I que muitas casas vai fazer
Para o povo de Recife veranear
Em 1968 o rico Lyons Clube
Se instala na cidade de Gravatá
Fundou aqui o jornal Voz Leonística
Para as suas ações divulgar
Caridade, filantropia e auxílio
Passa a ter vez e voz naquele lugar
O Hotel da Serra do espanhol-suíço Jorge truan
Em Gravatá foi implantado
Antevendo um novo amanhã
De turista sendo bem hospedado
E voltando sempre pra cá
Para deixar mais um trocado
Aqui também se hospedou
Despertando no povo grande emoção
O padre mais querido dos católicos
O bondoso Frei Damião
Ficou na pousada Hildebrando
Abençoando muito cristão
Em 1984 chega o Portal de Gravatá
Um complexo de turismo lazer
Pelas mãos do Dr. Valdir Cavalcanti
Para gerar renda, satisfação e prazer
Para quem quer vir para Gravatá
E as belezas da região conhecer
Gravatá já é conhecida
Como destino turístico do estado
Com hotéis, pousadas e loteamentos
Privês, haras e chelés para todos os lados
Chácaras, fazendas e arruamentos
Nascendo muitos bairros planejados
Gravatá foi pioneira
Em muitas coisas que fez
Nas flores foi a primeira
Suco de laranja e café já teve vez
Tamanco já foi feito na feira
Artesanato e móveis se faz e já se fez
Gravatá é a rainha do turismo do Nordeste
Na realização de grandes eventos
Semana Santa e São João
São dois grandes momentos
Mas agora tem Jazz e Natal
Outros grandes acontecimentos
Não posso cometer o pecado
De aqui deixar de falar
Da beleza da mulher gravataense
A flor mais linda que há
Não existindo outra rosa mais bela
Em nenhum outro lugar